quinta-feira, 8 de setembro de 2011

COMO ANDAM OS SEUS ESPETOS?

Quantos espetos você tem? E o “estado de saúde” deles? Para início de conversa: você sabe aonde estão guardados os seus espetos? E será que estão limpos?

Aposto que muitos possuem espetos velhos, um pouco enferrujados, retorcidos, sem cabos ou com os cabos frouxos, quando não queimados, e, inclusive, guardados com alguns resquícios do final de semana, entre outros problemas. Mas, é claro, que nenhum de nós perdeu um churrasco por causa de espetos! O que interessa é o próprio churrasco com nossos bons amigos!
No entanto, um churrasco bem preparado e espetado em bons e adequados espetos é sinal de uma bela refeição. O investimento em bons espetos não é alto. Com um pouco de esforço se consegue bons espetos a preços módicos nas redes de supermercados. Para os amantes de um excelente churrasco temos os espetos encontrados em lojas especializadas, preferencialmente Tramontina, entre R$30,00 e R$50,00 cada. Vale a pena!
É importante dizer que para cada tipo de carne há um espeto apropriado. Temos espetos de um ferro e largos para costelas, estreitos para picanhas, duplos finos para fraldinhas, finos para coraçãozinhos, duplos grossos para costelas médias e grossas, e, assim por diante. Há, também, os espetos de três ferros para costelões.
Bom, sou da filosofia de que o importante é o churrasco, e, por isso, até aceito a “heresia” da grelha! Mas, para se ter um belo churrasco, certamente, um bom espeto dará elegância!
José Luís Blaszak
blaszak@uol.com.br


domingo, 4 de setembro de 2011

COSTELA OU PICANHA?




Picanha. A rainha das carnes! Tal frase ressoa Brasil afora. Mas para nós, gaúchos, há um grande dilema: costela ou picanha? Minha opção é a seguinte: uma de cada vez, e, de preferência em dias separados!
Aqui no Mato Grosso as pessoas não entendem como alguém pode escolher costela ao invés de picanha. A resposta é simples. A qualidade do gado. Quando os matogrossenses forem para o Rio Grande do Sul e comerem uma costela vão entender esta preferência.
A carne no Rio Grande do Sul, como na Argentina e Uruguai, é muito mais saborosa devido à seiva do pasto que o gado come. Aqui no nosso Mato Grosso a pastagem consiste de menos seiva, além de que a grande parte dos açougues e frigoríficos oferecerem carne da raça nelore.
O nelore é um gado de grande valor no centro-oeste devido à sua adaptação ao cerrado. Além da questão da seiva do pasto no centro-oeste, há, também, a formação deste tipo de gado, que despeja uma grande quantidade de adrenalina na carne devido ao fato de ser uma raça chamada de “boi brabo”. Por esse motivo é quase impossível encontrar nos açougues do Mato Grosso uma costela saborosa e macia.
No Rio Grande do Sul, hoje, encontram-se criadores de Hereford, Aberdeen Angus, Charolês, Devon, entre outras raças de gado especial para produção de carne "de primeira". Quem já teve o desfrute de experimentar um churrasco de costela de novilho de Angus, sabe o que é um churrasco saboroso de verdade. Por esse motivo, nós colocamos, muitas vezes, a costela acima da picanha.
Como aqui no Mato Grosso a picanha tem sabor infinitamente melhor do que a costela, vamos colocá-la em primeiro lugar. O sabor, aparência, facilidade para assar, o tempo de fogo, são alguns dos itens que fazem da picanha uma das melhores de todas. Porém, nossos açougues e supermercados tentam nos empurrar uma falsa picanha. É comum encontrarmos picanha com um enorme pedaço de coxão duro.
Uma verdadeira picanha não passa de 1 kg. A picanha é delimitada pela 3ª veia. O grande Marcos Bassi ensina que a picanha possui três veias, e, na terceira estaria o limite. A partir da 3ª veia é coxão duro. Fujam das picanhas grandes!! Ali estará um coxão duro disfraçado.
No mais, evidentemente, que uma picanha suculenta (para mim mal passada!!!) vai nos honrar e muito!!
Muito bem. Comprada a carne é só nos chamar para assumir a churrasqueira.
José Luís Blaszak
joseluis@blaszak.adv.br

“ – QUEM MEXEU NO MEU CHURRASCO?”


Esta célebre pergunta é feita, normalmente, por um bom churrasqueiro, que constata que alguém resolveu mexer no seu churrasco. 

É comum um churrasqueiro, por excelência, curtir todos os momentos que envolvem um ótimo churrasco.
Fazer um churrasco significa pensar em todos os atos que o envolvem. Quando o churrasqueiro acende o fogo, espeta, salga e coloca a carne no braseiro cria uma áurea em torno deste ritual. É um ato solene! O objetivo é servir como resultado um ótimo churrasco.
Por isso, é de bom alvitre que não mexam no churrasco! Curtam simplesmente o resultado, ou seja, uma ótima e suculenta refeição.
Porém, se tu fores convidado pra entrar nesta áurea solene, antecipadamente, sinta-te privilegiado. Tu poderás ser agraciado com um aperitivo especial, ou, ainda, ser convidado para saborear o churrasco na companhia do churrasqueiro no final da festa.
Portanto, um bom conselho: não mexa no churrasco!
José Luís Blaszak
blaszak@hotmail.com