domingo, 4 de outubro de 2015

A HERANÇA QUE MEU PAI DEIXOU



Churrasco do meu amigo Darlã no estilo que meu pai adorava!

Se tem uma imagem que guardei com muito carinho do meu pai, Leopoldo Blaszak, foi ele em redor de uma churrasqueira, assando carnes pra nós ou nas grandiosas festas de igrejas na Vila Mauá, no interior de Ijuí/RS.

Para o meu pai era um prazer assar um churrasco.

Muitas vezes acompanhei ele nas carneações preparativas para as festas de igrejas durante o sábado inteiro. Era uma grande preparação para no domingo assar “churrasco em metro”. Se faziam valas como churrasqueiras, colocando muita lenha para formar o braseiro e eram metros e metros de espetos emparelhados com deliciosas costelas, vazios, alcatras, dentre outros.

Era lindo ver aquela lida! Creio que esta lida me inspirou muito para hoje adorar, também, este ofício.

Em casa, nos domingos, meu pai acordava cedo, fazia um bom chimarrão, acendia seu cigarro, e já ajeitava a carne, os aperitivos, uma caipirinha com limão amarelo, o rádio ligado numa boa música gaúcha. Em seguida, já arrumava a lenha e colocava fogo para formar um belo braseiro.

Ele não gostava de assar com carvão. Tinha que ser lenha, e, angico! Então, o braseiro se formava durante um longo tempo para depois ele colocar o churrasco para assar. Era braseiro para o dia inteiro! E claro, uma cervejinha gelada para curtir o ritual!

Meu pai faleceu com 59 anos! Uma perda muito precoce! Ficou a saudade e o orgulho de fazer um churrasco no estilo dele. Às vezes, quando faço um churrasco aproveito a fumaça para disfarçar uma lágrima!

Deus foi generoso comigo e me deu um sogro espetacular, que é igualzinho meu pai para assar um churrasco. Clavy Gunar Sala, um descendente de letos, assim como eu também sou, pois meu avô materno era igualmente descendente de letos, é um gaúcho que sempre guardou as tradições gauchescas, dentre elas a maior, que é um autêntico churrasco. Hoje, morando em Brasília/DF, ele faz do CTG sua passagem obrigatória. Aprendi muito com meu sogro como preparar um bom churrasco!

E foi com meu sogro que aprendi a máxima, que empresta o título para este blog: “não mexa no meu churrasco!”.





  

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