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Churrasco do meu amigo Darlã no estilo que meu pai adorava! |
Se tem uma imagem que
guardei com muito carinho do meu pai, Leopoldo Blaszak, foi ele em redor de uma
churrasqueira, assando carnes pra nós ou nas grandiosas festas de igrejas na
Vila Mauá, no interior de Ijuí/RS.
Para o meu pai era um
prazer assar um churrasco.
Muitas vezes acompanhei
ele nas carneações preparativas para as festas de igrejas durante o sábado
inteiro. Era uma grande preparação para no domingo assar “churrasco em metro”.
Se faziam valas como churrasqueiras, colocando muita lenha para formar o
braseiro e eram metros e metros de espetos emparelhados com deliciosas
costelas, vazios, alcatras, dentre outros.
Era lindo ver aquela
lida! Creio que esta lida me inspirou muito para hoje adorar, também, este
ofício.
Em casa, nos domingos,
meu pai acordava cedo, fazia um bom chimarrão, acendia seu cigarro, e já ajeitava a carne, os aperitivos, uma caipirinha com
limão amarelo, o rádio ligado numa boa música gaúcha. Em seguida, já arrumava a
lenha e colocava fogo para formar um belo braseiro.
Ele não gostava de assar
com carvão. Tinha que ser lenha, e, angico! Então, o braseiro se formava
durante um longo tempo para depois ele colocar o churrasco para assar. Era
braseiro para o dia inteiro! E claro, uma cervejinha gelada para curtir o
ritual!
Meu pai faleceu com 59
anos! Uma perda muito precoce! Ficou a saudade e o orgulho de fazer um
churrasco no estilo dele. Às vezes, quando faço um churrasco aproveito a fumaça
para disfarçar uma lágrima!
Deus foi generoso comigo
e me deu um sogro espetacular, que é igualzinho meu pai para assar um churrasco.
Clavy Gunar Sala, um descendente de letos, assim como eu também sou, pois meu
avô materno era igualmente descendente de letos, é um gaúcho que sempre guardou
as tradições gauchescas, dentre elas a maior, que é um autêntico churrasco.
Hoje, morando em Brasília/DF, ele faz do CTG sua passagem obrigatória. Aprendi
muito com meu sogro como preparar um bom churrasco!
E foi com meu sogro que
aprendi a máxima, que empresta o título para este blog: “não mexa no meu
churrasco!”.