Até a Ana Maria Braga já escreveu no seu site: “O
autêntico churrasco gaúcho não é feito em churrasqueiras, com espetos de
alumínio, mas no fogo de chão com espetos de madeira.
O fogo de chão é o centro da vida no pampa.
O fogo de chão é o centro da vida no pampa.
Em torno dele, protegidos do vento minuano que sopra forte em invernos longos e úmidos, discute-se o trabalho, a tropa a ser conduzida, um novilho a ser domado, etc.
Dizem que, nas maiores estâncias, o fogo nunca apaga porque tem sempre um peão chegando e pondo mais lenha.
O carinho com as brasas é fundamental. Pode-se estragar carne maravilhosa com um fogo mal feito, mas com o braseiro certo já se salvou muita carne meia-boca.
O segredo de um churrasco tranqüilo é o de se fazer um bom fogo. Quando o carvão (ou lenha) estiver todo em brasa, o certo é dar uma espalhada por toda a churrasqueira para então colocar a carne.
O melhor fogo é aquele em que se forma uma camada de cinza por cima do braseiro, impedindo a formação de labaredas e mantendo um fogo parelho e consistente.
O fogo deve ser aceso com uma certa antecedência para poder queimar o carvão, eliminando a fumaça inicial que deixa cheiro e gosto ruim na carne. O ideal é colocar a carne com as brasas bem acesas e com aquela camadinha de cinzas se formando.
As carnes devem ser colocadas com o osso para baixo e a graxa para cima. Devem ser assadas mais de longe para irem baixando conforme vão se aprontando.
Um dos segredos do assador é saber regular essa distância para cada tipo de carne ou de corte. Carne muita perto do fogo "sapeca" e fica queimada por fora.
Carne muito alta só cozinha e perde o gosto.
Se faltar fogo ou chegar mais gente - muito comum -,
não se sai atirando um saco de carvão com poeira e tudo sobre o fogo.
Pegue os pedaços de carvão, e com a mão, atire por cima do braseiro, devagar e
sem muita bagunça."
Fonte:http://gshow.globo.com/programas/mais-voce/v2011/MaisVoce/0,,MUL478286-10345,00.html